quinta-feira, 11 de julho de 2013

Dilma recebeu o movimento LGBT. O que esperar?

Após a ressaca da “cura gay”, do esfriar dos ânimos do Gigante, ora chamado de ogro, da inquietude da nação quanto aos brados retumbantes das ruas, observamos o que e para onde o governo Dilma avançou. No meio desta levada, Dilma ouviu até parte do movimento LGBT. Mas o que disse a ativistas? O que Dilma ouviu? Que atitude tomou?2013-06-28-dilma-gayTão quanto citei no texto anterior sobre a “cura gay”, onde, a estratégia do PSDB neste momento de movimentações sociais foi recuar com o projeto de “cura gay”, o PT também lança sua estratégia, só que em um objetivo à frente, ao horizonte de 2014. João Santana, marqueteiro do PT, não erra quando afirma que em até 06 meses a popularidade da presidenta Dilma voltará a subir aos níveis, quiçá, de 60%. Dilma ‘ouviu’ o clamor das ruas e agora aparece como a Ouvidora da Nação.
É plebiscito, reforma política, são médicos para a saúde. Neste pacote de ações vale observar o peculiar caso em que Dilma ‘ouve’ o clamor da minoria LGBT, após três anos de governo, não um governo silencioso, mas o governo de voz clara e audível, dos vetos ao kit anti-homofobia, veto a campanhas, e, conforme Dilma falou ‘nenhum tipo de propaganda de opção sexual em seu governo’.
Dilma está refém e submissa ao sistema de governo. A mesma Dilma que foi torturada na ditadura militar, hoje está presa em sua própria governabilidade. Um dia após ouvir a minoria LGBT Dilma já foi pressionada pela bancada evangélica. Ralharam aos 04 cantos como se fosse proibido ouvir esta mesma minoria que padece de ações e políticas públicas inclusivas e de proteção. Estrategicamente, logo em seguida abriu espaço também para os evangélicos imporem suas lamúrias e desagrados.
A presidenta desta república tem e precisa ouvir a todos, mas não como está fazendo. Dilma Rousseff de forma oportunista vê nos movimentos sociais a saída para 2014. Como? Fazendo o papel de mãe, de ouvidora, de atenta aos desejos da nação. Assopra com os LGBT’s, morde com os evangélicos, tudo sendo construído de forma que Dilma ouviu a todos os desejos da nação.
Como tudo faz parte de um jogo de interesses, Dilma foi orientada a ouvir a todos, só não parece ter ousadia maior para ouvir representantes de religiões de matriz africana. Aí seria pedir demais.
Que Dilma perceba que o povo não é bobo, que os gritos de indignação da rua nasceram do cansaço de tanto discurso vazio, de tanta promessa absurda. Principalmente de direitos e políticas públicas negadas. De corrupção e desvios de verbas. Para a presidenta nesse poço que estás afundada, ainda resta uma saída: desprenda-se da governabilidade. É necessário ação.

Fonte: George Marques, eleicoeshoje.com.br


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